Hey my dear duck leader.
You don't know me, you've never see me, we could be just two people living in the same world, but in my heart I feel we're not.
I may never be able to see you personally but I really love you, with my heart, and I deeply want to hug you on this time, but I can't. I can only hope that other hands than mine give to you the strenght that you need now. I can only hope you can feel my love by the silent prays that I'm saying. And I can hope that my tears someway reach you, to make you feel better.
I can only stay, by this side and hope everything will be ok. You really have a big family, SJ and we, your ELFs are here. We may fight this storm far, but together. I just love you and hope everything will be allright.
Stay strong my lovely boy, my beloved leader and the best omma.
I love you.
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You don't know me, you've never see me, we could be just two people living in the same world, but in my heart I feel we're not.
I may never be able to see you personally but I really love you, with my heart, and I deeply want to hug you on this time, but I can't. I can only hope that other hands than mine give to you the strenght that you need now. I can only hope you can feel my love by the silent prays that I'm saying. And I can hope that my tears someway reach you, to make you feel better.
I can only stay, by this side and hope everything will be ok. You really have a big family, SJ and we, your ELFs are here. We may fight this storm far, but together. I just love you and hope everything will be allright.
Stay strong my lovely boy, my beloved leader and the best omma.
I love you.
Os pés descalços caminharam pela
terra infértil, ouvindo o chão seco e sofrido estralar. Ao longo, podia-se
ouvir o crepitar do fogo que terminava de consumir o que um dia fora uma árvore
bonita e verde. A menina fitou ao redor,
sem conseguir mensurar até onde se estendiam os destroços daquela civilização.
Os machucados no corpo ardiam e o
calor que turvava visões só fazia tudo piorar. Ela se sentia sozinha, andando
no meio de uma cidade fantasma, com a roupa rasgada e os cabelos desgrenhados
demais para pentear. Não restara muita
coisa. Não havia porque pentear, no final das contas. Não havia motivo
algum para se preocupar com aquilo.
O corpo fraquejava e ela
deixou-se cair no chão formado por pedras e areia, sentindo a exaustão
castigá-la com muito mais força do que podia suportar. Quando aquilo havia acontecido? Tudo havia sido tão rápido! Tão
rápido a bela cidade havia virado pó! Tão rápido havia sumido naquela nuvem enorme
e multi-colorida de poeira!
Ela se lembrava, de estar andando
e de ter tudo, e de repente o tudo se transformar em nada, como um castelo de
cartas que sucumbe a força dos ventos. Ela
era a última carta. A última de muitas que haviam sucumbido. A última de
muitas que queimavam e se perdiam entre os destroços, banhando-os com sangue e
dor. Era desesperador. Ela não sabia
para onde ir. Para aonde se vai quando lugar nenhum é lugar?
Ela fechou os olhos e deixou a
imaginação voar. Sonhou com a grama verde e com rostos conhecidos e
sorridentes, que haviam ido embora,
sonhou com bichos e o canto dos pássaros,
que haviam se perdido no crepitar do fogo, sonhou com sua casa, que não passava de pedaços no chão e por
um segundo, apenas um segundo transportou-se para esse mundo bonito que criou,
permitindo-se sorrir, feliz. Tão
feliz que nem sentiu-se dormir e afundar, numa escuridão densa o suficiente
para não voltar.
Tempos dois, quando a coragem se
fizesse mais forte que a covardia, outras pessoas a encontrariam ali, no mesmo
lugar aonde havia se deixado estar, com o mesmo sorriso que sorrira antes de
deixar de estar naquele lugar. Com o mesmo sorriso provocado pela felicidade
extrema que se permitira sentir.
Com a felicidade que criara, em
seus últimos segundos, para guardar toda uma vida que não chegara a ser toda,
que dirá a metade.
A felicidade está nos
olhos e no coração de quem a vive.
Ainda é cedo amor, mal começastes a conhecer a vida...
Hey, minha velha, um ano passa rápido né?
O tempo voa mas a saudade se arrasta de forma dolorosa.
Se arrasta e se esconde, só pra voltar naqueles momentos em que detalhes não tão pequenos assim aparecem. E volta com força, corrói e não há nada o que se possa fazer. Pessoas boas vão embora o tempo todo mas a teoria é sempre mais bonita que a perfeição. A dor do outro é sempre mais fácil e não há hipocrisia em dizer que nenhum de nós quer sofrer mas que todos nós amamos. E quando se ama, há que se sentir saudade e sofrer.
Há que se sentir falta de coisas pequenas que na verdade eram enormes, que querer voltar à certos momentos que não voltam mais. Há que se ouvir uma música e sentir a presença daquela pessoa amada que não necessariamente era perfeita, mas que fez o seu melhor ou o que julgou ser.
Toda vez que eu ouço o samba do Cartola, vó, eu sinto sua falta. Sei lá porque, mas eu sinto a sua falta. Eu sinto falta da sua voz, das suas manias que me irritavam tanto, do Silvio Santos no Domingo a noite, das conversas da madrugada. Eu sinto falta do seu feijão maravilhoso, de jogar baralho com você, de ouvir você brigando com o Guma com vários nomes diferentes. Eu sinto falta do barulho da sua pulseira, da sua presença.
eu sinto sua falta, imensamente.
E o mais engraçado é que a ficha parece que não caiu ao mesmo tempo que caiu. Parece que você ainda tá viajando e que vai voltar a qualquer momento, mas não é verdade. Parece que foi ontem que tudo aconteceu e que não foi há um ano atrás.
As coisas mudaram, vó, a gente continua brigando porque a vida é difícil, e hoje eu durmo na sua cama. Eu olho pro meu quarto e lembro de você, eu olho pra qualquer lugar e lembro do seu "Você é louca! Mas é muito bom, né?" quando eu saí e só voltei de manhã. Eu lembro das suas objeções, das nossas brigas e das nossas desavenças. Lembro de você trocando de canal na hora do penalti pra não ver o Flamengo fazer gol e lembro de você batendo palma porque não podia gritar.
são coisas que eu não vou esquecer.
Eu lembro, e mesmo que eu não tenha sido a melhor neta do mundo, eu só quero que a senhora saiba, aonde quer que esteja que eu te amo, minha véinha cheia das manias e manhas. E eu sinto a sua falta, realmente sinto.
Obrigada por tudo e fica com Deus, vó.
Eu te amo, véinha.
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Hey, minha velha, um ano passa rápido né?
O tempo voa mas a saudade se arrasta de forma dolorosa.
Se arrasta e se esconde, só pra voltar naqueles momentos em que detalhes não tão pequenos assim aparecem. E volta com força, corrói e não há nada o que se possa fazer. Pessoas boas vão embora o tempo todo mas a teoria é sempre mais bonita que a perfeição. A dor do outro é sempre mais fácil e não há hipocrisia em dizer que nenhum de nós quer sofrer mas que todos nós amamos. E quando se ama, há que se sentir saudade e sofrer.
Há que se sentir falta de coisas pequenas que na verdade eram enormes, que querer voltar à certos momentos que não voltam mais. Há que se ouvir uma música e sentir a presença daquela pessoa amada que não necessariamente era perfeita, mas que fez o seu melhor ou o que julgou ser.
Toda vez que eu ouço o samba do Cartola, vó, eu sinto sua falta. Sei lá porque, mas eu sinto a sua falta. Eu sinto falta da sua voz, das suas manias que me irritavam tanto, do Silvio Santos no Domingo a noite, das conversas da madrugada. Eu sinto falta do seu feijão maravilhoso, de jogar baralho com você, de ouvir você brigando com o Guma com vários nomes diferentes. Eu sinto falta do barulho da sua pulseira, da sua presença.
eu sinto sua falta, imensamente.
E o mais engraçado é que a ficha parece que não caiu ao mesmo tempo que caiu. Parece que você ainda tá viajando e que vai voltar a qualquer momento, mas não é verdade. Parece que foi ontem que tudo aconteceu e que não foi há um ano atrás.
As coisas mudaram, vó, a gente continua brigando porque a vida é difícil, e hoje eu durmo na sua cama. Eu olho pro meu quarto e lembro de você, eu olho pra qualquer lugar e lembro do seu "Você é louca! Mas é muito bom, né?" quando eu saí e só voltei de manhã. Eu lembro das suas objeções, das nossas brigas e das nossas desavenças. Lembro de você trocando de canal na hora do penalti pra não ver o Flamengo fazer gol e lembro de você batendo palma porque não podia gritar.
são coisas que eu não vou esquecer.
Eu lembro, e mesmo que eu não tenha sido a melhor neta do mundo, eu só quero que a senhora saiba, aonde quer que esteja que eu te amo, minha véinha cheia das manias e manhas. E eu sinto a sua falta, realmente sinto.
Obrigada por tudo e fica com Deus, vó.
Eu te amo, véinha.
Todos os dias me escondo, mascaro-me, renego-me. Todos os dias maqueio-me por fora e por dentro, escondo meus medos, meu pior, minha inveja, meu fel, dentro dos meus sorrisos. Escondo meu cansaço debaixo de minha maquiagem, varro minhas inseguranças para debaixo do tapete de forma pífia, pois elas sempre voltam a me assombrar.
Todo dia, tento parecer o melhor de mim. Mesmo que o que me rodeie seja o pior.
Escondo-me atrás de minhas roupas, atrás de minhas atitudes, mascaro minha dor com as coisas simples, deixo longe de todos o meu pior e mais escuro lado. Todos os dias enfrento de cabeça erguida tudo, mesmo que por dentro seja consumida por mil e um fantasmas que jamais vão me abandonar.
Todos os dias, evito o espelho. Evito minha imagem refletida atrás do vidro. Evito minhas marcas, evito me encarar, evito porque sei que de todos os complexos, Narciso não é o meu. Evito-o porque ele e eu somos capazes de encontrar as rachaduras da armadura que construo ao meu redor. Pois é nele que me vejo, sem maquiagem, ao acordar. É nele que noto que mesmo a maquiagem não pode esconder certas coisas, é nele que me vejo diante de mim.
E isso é aterrador. Aterrador porque não há ninguém além do espelho. Apenas eu. Apenas a minha imagem refletida. Não há ninguém que possa mudá-la se não eu. Ninguém que possa fazer da maquiagem permanente, ninguém além de mim. Ninguém pode curar as feridas, as rachaduras, as dores e o meu pior. Ninguém se não eu. E assusto-me porque sou tão forte quanto fraca, sou o atrás e o à frente do espelho. O que sofre e o que faz. E o responsável por fazer. Sou a responsável por tirar a máscara e por aceitar todo o resto. Sou o ser vivente na frente do espelho.
Todos os dias me olho no espelho.
Buscando por um dia em que fazê-lo me fará sorrir.
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Todo dia, tento parecer o melhor de mim. Mesmo que o que me rodeie seja o pior.
Escondo-me atrás de minhas roupas, atrás de minhas atitudes, mascaro minha dor com as coisas simples, deixo longe de todos o meu pior e mais escuro lado. Todos os dias enfrento de cabeça erguida tudo, mesmo que por dentro seja consumida por mil e um fantasmas que jamais vão me abandonar.
Todos os dias, evito o espelho. Evito minha imagem refletida atrás do vidro. Evito minhas marcas, evito me encarar, evito porque sei que de todos os complexos, Narciso não é o meu. Evito-o porque ele e eu somos capazes de encontrar as rachaduras da armadura que construo ao meu redor. Pois é nele que me vejo, sem maquiagem, ao acordar. É nele que noto que mesmo a maquiagem não pode esconder certas coisas, é nele que me vejo diante de mim.
E isso é aterrador. Aterrador porque não há ninguém além do espelho. Apenas eu. Apenas a minha imagem refletida. Não há ninguém que possa mudá-la se não eu. Ninguém que possa fazer da maquiagem permanente, ninguém além de mim. Ninguém pode curar as feridas, as rachaduras, as dores e o meu pior. Ninguém se não eu. E assusto-me porque sou tão forte quanto fraca, sou o atrás e o à frente do espelho. O que sofre e o que faz. E o responsável por fazer. Sou a responsável por tirar a máscara e por aceitar todo o resto. Sou o ser vivente na frente do espelho.
Todos os dias me olho no espelho.
Buscando por um dia em que fazê-lo me fará sorrir.
Sou viciada, e como viciada me apresento. Como viciada, reconheço minha obssessão pelo cheiro, pelo toque, pela sensação que minha droga me dá. Como viciada, reconheço de forma humilde que quando começo, não consigo parar. Reconheço que sofro crise de abstinência, que penso quase todo o tempo em coisas que não deveria pensar. No papel de viciada, deito e durmo, e sonho, ah se sonho, com algo do qual era mais sensato me livrar.
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Mas não se desesperem, eu não vou dizer a clássica frase do "Posso parar a hora que quiser" pois se pudesse sequer estaria escrevendo esse texto, sequer seria estaria compartilhando algo com alguém. O problema é que não desejo parar, é que gosto de minha droga, que a guardo em meu coração como uma dádiva preciosa, tem como ser pior?
Reconhecer-se drogada e apaixonada por sua droga?
Reconhecer-se drogada e apaixonada por sua droga?
Qual lastimável isso pode ser?
Vocês devem estar se apiedando agora, certo? Pois não deviam. Sou plenamente feliz, acreditem. Não vendo minhas coisas para manter meu vício e apesar de certas vezes prejudicar minha saúde, não é nada que umas ataduras não resolvam.
Pois sou viciada sim, mas em escrever. Sou viciada, de corpo, alma e coração no cheiro do papel, na sensação da caneta entre os dedos, no barulho do teclado enquanto as letras se formam lentamente na tela, como agora mesmo está acontecendo. Sou viciada no poder de Deus que a mim é conferido cada vez que começo uma história, nos vôos aos quais submeto minha imaginação, que como criança arteira sorri e vai, sem nem se preocupar. Sou viciada no respirar fundo após a escrita, no expurgar dos sentimentos que escorrem em palavras, dão-lhe vida e dão-lhe morte. Sou viciada em escrever até, em meu ritmo íntimo encontrar um ponto final.
Pois sou viciada sim, mas em escrever. Sou viciada, de corpo, alma e coração no cheiro do papel, na sensação da caneta entre os dedos, no barulho do teclado enquanto as letras se formam lentamente na tela, como agora mesmo está acontecendo. Sou viciada no poder de Deus que a mim é conferido cada vez que começo uma história, nos vôos aos quais submeto minha imaginação, que como criança arteira sorri e vai, sem nem se preocupar. Sou viciada no respirar fundo após a escrita, no expurgar dos sentimentos que escorrem em palavras, dão-lhe vida e dão-lhe morte. Sou viciada em escrever até, em meu ritmo íntimo encontrar um ponto final.
E mesmo que leia, grito para o nada, para os bytes vazios de uma página de web, para um caderno solitário que apenas eu sei entender. Deus! Como amo escrever!
Constatação que me surgiu quando, em um ônibus, vi-me desesperada pois havia esquecido meu costumeiro caderninho de escrita em casa e não havia papel nenhum a meu alcance que pudesse guardar com carinho minha idéia.
É, doente ou não. Sou viciada em escrever.